Ultrassonografia em Timbó/SC

Geralmente recomendamos a realização de quatro exames ultrassonográficos durante a gestação.

O primeiro, o exame transvaginal do primeiro trimestre, tem a finalidade principal de datar a gestação (confirmar a idade gestacional).

O segundo exame é o ultrassom morfológico do primeiro trimestre, com a avaliação do risco de cromossomopatias.

O terceiro exame sugerido é o ultrassom morfológico do segundo trimestre, com uma avaliação detalhada da anatomia fetal.

E por último, o exame ultrassonográfico obstétrico do terceiro trimestre, quando se detecta, entre outras coisas, retardo de crescimento intrauterino.

 

Transvaginal do primeiro trimestre.

É um exame realizado entre 6 e 10 semanas de gestação (preferencialmente entre 8 e 9 semanas). Permite confirmar se a gestação é tópica (dentro do útero), identificar o número de embriões e, no caso de gestação gemelar, o número de placentas e bolsas amnióticas, datar corretamente a gestação, diagnosticar causas de sangramento e dor no início da gestação.

 

Morfológico do primeiro trimestre.

Nenhum outro exame ultrassonográfico oferece tantas informações ao obstetra como esse.

É um exame realizado preferencialmente entre 11 semanas e 13 semanas e 6 dias (mais precisamente quando o bebê estiver medindo entre 45 mm e 84 mm de comprimento da cabeça à nádega) e com ele podemos, por exemplo, confirmar com precisão a idade do bebê, que provavelmente seja a informação mais importante de todas. Além disso, é uma época muito oportuna para classificar as gestações gemelares. É muito importante saber se a gestação de gêmeos ocorre com uma ou duas placentas e com uma ou duas bolsas amnióticas.

Neste exame é realizada a medida da translucência nucal (um fluido acumulado na nuca do feto), verificação da presença do osso nasal, análise do ducto venoso, o Doppler das artérias uterinas maternas, entre outras análises.

 

Em linhas gerais o exame nos permite:

  • Determinar com precisão a idade gestacional;
  • Avaliar o risco para Síndrome de Down e outras anomalias cromossômicas;
  • Diagnosticar gestação múltipla e seus tipos (uma ou mais placentas);
  • Identificar fetos com maior possibilidade de malformações cardíacas;
  • Avaliar o risco de pré-eclâmpsia (o aumento da pressão arterial durante a gravidez).

 

Muitos casos de trabalho de parto prematuro também podem ser suspeitados.

Nestas situações, medidas terapêuticas podem ser adotadas a tempo de melhorar as condições da mãe e do feto.

O exame pode ser realizado por via abdominal, entretanto, algumas vezes pode ser complementado pela via transvaginal, que permite imagens de maior qualidade.

Não é um exame simples nem rápido, mas traz muitas informações úteis e deve ser feito no período adequado e com um profissional habilitado, preferencialmente alguém com formação em Medicina Fetal.

 

Morfológico do segundo trimestre.

Já o exame morfológico fetal do segundo trimestre é realizado entre 18 e 24 semanas, preferencialmente entre 20 e 24 semanas.

Realiza-se uma avaliação muito detalhada da anatomia fetal, o que permite taxas de detecção de malformações fetais de até 85%.

Deve ser realizado idealmente por profissional com formação em medicina fetal.

Comumente é medido o comprimento do colo uterino (por via transvaginal) para avaliação do risco de parto prematuro.

 

Ultrassom obstétrico

Embora a ultrassonografia obstétrica possa ser realizada durante toda a gestação, para avaliar sua evolução, comumente é solicitada no terceiro trimestre, quando, além da morfologia fetal básica, são avaliados a placenta, volume de líquido amniótico e o crescimento fetal, principalmente.

 

Dopplervelocimetria

A Dopplervelocimetria (ou Dopplerfluxometria) obstétrica consiste na avaliação da velocidade do fluxo sanguíneo em alguns vasos, como as artérias uterinas (para a avaliação do compartimento materno), as artérias umbilicais (que revelam o compartimento placentário) e a artéria cerebral média (para estudo do compartimento fetal). Eventualmente outros vasos podem ser avaliados, como o ducto venoso.

Usamos esse recurso para acompanhamento de gestações de alto risco, como pacientes com doenças hipertensivas, por exemplo.

É muito útil no terceiro trimestre para a avaliação da vitalidade fetal, pois permite o diagnóstico precoce de sinais de sofrimento fetal, auxiliando grandemente o obstetra a escolher a conduta mais adequada. É fundamental no seguimento de doenças que causam anemia fetal, como algumas doenças infecciosas, por exemplo.

Realizamos a Dopplervelocimetria rotineiramente nos exames morfológicos do primeiro e segundo trimestres, para o rastreamento de pré-eclâmpsia e restrição de crescimento intrauterino.

 

Ultrassom em 3D/4D

A ultrassonografia 3D (3 dimensões) permite que as imagens do ultrassom, tradicionalmente bidimensionais, sejam apresentadas num formato tridimensional, de mais fácil compreensão pelos pais, que conseguem visualizar uma imagem mais realista do bebê.

Embora possa ser realizada em qualquer fase da gestação, é indicada especialmente entre 26 e 29 semanas de gravidez, quando as melhores imagens da face são obtidas, pois o feto já tem uma boa quantidade de tecido gorduroso abaixo da pele e ainda tem bastante líquido amniótico (o que é extremamente necessário para formação de imagens nítidas).

Nem sempre conseguimos boas imagens e é muito difícil prever quando um exame terá imagens que agradam aos pais.

 

Há fatores que influenciam bastante na qualidade da imagem. Entre eles destaco:

  • A quantidade de líquido amniótico (quanto mais líquido, mais fácil a aquisição de boas imagens).
  • A posição fetal (o ideal é que esteja com a face voltada para a frente e não para as costas da mãe).
  • Cirurgias prévias e obesidade (atenuam o som nos tecidos maternos e prejudicam muito a qualidade da imagem).

De maneira geral, pode-se dizer que quando a imagem convencional (2D) não é boa, a imagem tridimensional também não será.

Os aparelhos mais modernos têm a dupla função 3D e 4D. A função 3D do aparelho produz imagens estáticas, porém com melhor qualidade. O ultrassom 4D permite visualizar imagens com movimento, em tempo real, mas com qualidade um pouco inferior.

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